sábado, 28 de julho de 2012

Você Dorme Bem? ZZZZZZZZZ



Ronco e apnéia


Ronco, apnéia, insônia, bruxismo (ranger de dentes), sonolência diurna, etc. Sabe-se que o sono é uma função necessária, renovadora e indispensável para a sobrevivência. Entretanto, estima-se que 1/3 da população adulta sofra com algum tipo de distúrbio de sono.  Mas, mais importante que a quantidade de
horas é a “qualidade “ do sono. Quem já dormiu tão pouco uma noite que no dia seguinte acordou com a sensação de estar tão ou mais cansado que a noite anterior? Uma noite mal dormida causa uma diminuição da coordenação motora, interfere na capacidade de raciocínio, causa alterações no humor, etc.

Na população o ronco é um dos distúrbios do sono mais comuns, e motivo de piadas e pode interferir na vida social, profissional e afetiva da pessoa que ronca. Roncar, não é normal em nenhuma idade, e é um sinal de que alguma coisa não vai bem com a nossa saúde. O ronco é um sinal clínico de que existe umaobstrução parcial das vias aéreas. O ar que passa por este canal estreito faz vibrar as paredes da faringe, palato mole e úvula, causando assim o ruído do ronco.

A apnéia acontece quando o fechamento da faringe é mais intenso e acontece uma parada do fluxo de ar. Quando a pessoa apresenta várias apnéias durante a noite, chamamos Síndrome da Apnéia Obstrutiva do
Sono. Essa sindrome provoca um sono fragmentado. O cérebro envia um sinal de alerta, ocasionando despertares rápidos afim de que se restabeleça a respiração. Estes pequenos despertares não são percebidos pelo indivíduo, mas não permitem que este atinja os estágios profundos do sono, e isto explica
porque a pessoa acorda tão cansada. A apnéia pode provocar: hipersonolência diurna, irritabilidade, depressão, diminuição da capacidade intelectual, hipertensão arterial, cefaléia matinal e impotência sexual. A conseqüência mais grave desta síndrome são os problemas cardíacos que podem provocar até a morte do portador da apnéia.
Esta obstrução das vias respiratórias pode ser devida à pobre tonicidade muscular do palato mole, à um tamanho aumentado das amígdalas e adenóides, à presença de pólipos nasais, cistos, desvios de septo , rinites alérgicas e sinusites crônicas e também por problemas nas arcadas dentárias. O diagnostico da síndrome da apnéia deve ser realizado por médicos otorrinolaringologistas e profissionais  que tratam de distúrbios de sono. É importante salientar a importância da polissonografia que é o exame onde o paciente tem seu sono monitorado por aparelhos, vai fechar o diagnóstico. Muitos  tratamentos podem ser oferecidos, desde cirurgias até o uso de aparelhos tipos respiradores e uma série de medidas profiláticas de higiene do sono e controle do peso.

E o  Cirurgião Dentista o que pode fazer…
A odontologia vem desempenhando um papel cada vez mais importante no tratamento do ronco e da apnéia, através de aparelhos intraorais, que tem o objetivo de avançar a mandíbula e a língua, liberando as vias aéreas posteriores. A pessoa usa o aparelho somente na hora de dormir, para evitar que a mandíbula fique caindo durante a noite, e também ajuda para afastar os músculos da garganta, desobstruindo as vias aéreas.
Crianças também sofrem de apnéia, principalmente as crianças respiradoras bucais. Essas crianças tem problemas de estreitamento das arcadas dentárias, palato profundo e retrusão mandibular (queixo muito para trás), sendo assim é importante a avaliação de um dentista desde a mais tenra idade e o tratamento com aparelhos ortopédicos concomitante ao tratamento médico.

Nosso dia depende muito da noite em que dormimos. Por isso, temos nas imagens abaixo alguns exercícios simples que podem ajudá-lo a reduzir a intensidade do ronco.



domingo, 1 de julho de 2012

OBSERVE seu bebê dormindo!!! Ele pode ser um RESPIRADOR BUCAL



Existem vários fatores que contribuem para o surgimento da Respiração Bucal. Quando ocorrem de forma passageira (gripes e resfriados ) ou são corrigidos precocemente , não ocasionam alterações tão graves e duradouras. Porém, as crianças que durante seu desenvolvimento são portadoras de uma respiração bucal crônica, além de comprometida sua qualidade de vida, necessitarão no futuro do acompanhamento de profissionais de várias áreas de atendimento a saúde, como fonoaudiologia, ortodontia, otorrinolaringologia e fisioterapia para a correção dos distúrbios gerados por este problema.
Entre as principais causas da respiração bucal, temos:
- Hipertrofia de amígdalas e adenóides geralmente causada por infecções bacterianas ou virais de repetição.
- Rinites e sinusites crônicas de origem alérgica, infecciosa, medicamentosa, etc.
- Desvio de septo nasal por traumatismo, lesão ao nascimento ou crescimento desigual da cartilagem e osso do septo nasal.
- Malformações crânio faciais, alteração no crescimento da mandíbula e da língua (Macroglossias-língua grande em relação a cavidade oral impedindo o fechamento da boca ) .
- Hábitos nocivos ao correto desenvolvimento crânio facial:
- Troca precoce do seio materno pela mamadeira.
- Uso prolongado de chupetas.
- Roer unhas.
- Chupar o dedo.
- Posição inadequada ao dormir.



Em um estudo realizado recentemente pelo “Projeto Respirar” em 563 crianças de 1ª a 4ª série do ensino fundamental em duas escolas de Porto Alegre com perfis sócios econômicos distintos, envolvendo fonoaudiólogas, ortodontista e otorrinolaringologista, detectou-se em média 64,42% de alunos apresentando sinais ou sintomas da “Síndrome do Respirador Bucal”. Na escola particular localizada em bairro nobre de POA, 58,51% das crianças apresentavam características sugestivas de respiração bucal. Já em outra escola da rede pública de ensino localizada em um bairro da periferia este percentual sobe para 79,11
O alto índice de sinais e sintomas da Síndrome da Respiração Bucal está presente em maior ou menor    
grau, independente da condição sócio-econômico-cultural, em ambas as escolas
Despertar a atenção de pais e professores para este problema é de suma importância, pois se não corrigidos precocemente, tanto os hábitos nocivos como certas doenças que comprometem a respiração nasal, significarão no futuro o envolvimento de diversos profissionais de saúde em tratamentos dispendiosos e prolnongados para restabelecer um perfeito equilíbrio mio funcional da face, com mais saúde e melhor qualidade de vida. Refletindo diretamente no dia a dia das crianças e no seu rendimento escolar
Texto da Fonoaudiologa: Janete França Barbosa
 
Pesquisa  realizada pela equipe:
Fga. Janete França Barbosa
Fga. Anelise Junqueira Bohnen
Ortodontista Dr. Régis Reche
Otorrinolaringologista Dr. Roberto Fossati