Um grupo de cientistas nos USA descobriu que células que atuam na sensação de gosto têm detectores de açúcar a mais do que se estimava.
Este estudo amplia o conhecimento a respeito de como as células sensoriais identificam os açúcares, isso representa um importante passo para o desenvolvimento de estratégias que limitem o consumo excessivo de açúcar e as conseqüentes patologias como diabetes e obesidade.
“Identificar a doçura de açúcares na nutrição é uma das tarefas mais importantes das células ligadas ao gosto. Muitos ingerem açúcar em demasia e, para que possamos limitar o consumo excessivo, precisamos compreender melhor como uma célula sensorial identifica que algo é doce”, disse Robert Margolskee"
Constatou-se que o receptor T1r2+T1r3 representa o mecanismo básico que permite às células sensoriais detectar muitos dos componentes doces, naturais ou artificiais. Entretanto, alguns aspectos do gosto doce não podem ser explicados por esse receptor. O grupo observou que camundongos modificados geneticamente para não contar com a subunidade T1r3 ainda eram capazes de identificar açúcares normalmente.
Receptores de açúcares no intestino são importantes para que os açúcares ingeridos na dieta sejam detectados e absorvidos. Sensores metabólicos no pâncreas também são fundamentais para regular os níveis de glicose no sangue. Levando isso em consideração, o grupo usou técnicas celulares e moleculares avançadas para verificar se esses mesmos sensores estariam presentes nas células de gosto.
Os resultados, do estudo indicam que diversos receptores de açúcares, tanto do intestino como do pâncreas, também estavam presentes nas mesmas células sensoriais que contavam com o receptor T1r2+T1r3.
Este é um resumo do artigo Glucose transporters and ATP-gated K+ (KATP) metabolic sensors are present in type 1 taste receptor 3 (T1r3)-expressing taste cells de Robert F. Margolskee et al. (http://www.pnas.org/.)
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