quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Rinite Alérgica a prevalência de casos em crianças aumentaram!

A prevalência de rinite alérgica em crianças está aumentando.
Num estudo realizado em Lisboa recentemente publicados na Revista Portuguesa de Pneumologia, são identificados os fatores de risco associados às doenças respiratórias. Os dados foram relatados pela Dra.Priscilla Pegas. Foi realizado um estudo epidemiológico baseado no questionário em 14 escolas primárias de Lisboa durante o ano lectivo 2008/2009.Este questionário inclui:questões sobre frequência de sintomas respiratórios e alérgicos na infância, atividades físicas, características sócio-demográficas, condições residenciais, e outras possíveis fontes de poluição do ar interior.
Entre os fatores relacionados com o estilo de vida, foi dedicada especial atenção à exposição das crianças ao fumo do tabaco, modo de alimentação nos primeiros meses de vida e tipo de dieta atual.
O aumento verificado na renite alérgica pode ser devido a fatores como qualidade do ar interior, poluição exterior, falta ou diminuição do período de amamentação, tabaco, condições físicas das escolas (degradação das construções antigas, umidades, rachaduras, mofos) ou hábitos alimentares das crianças.

A investigadora acredita que existe falta de informação nas escolas em relação a este problema. “Coordenadores, professores e funcionários têm muitas carências”, diz, acrescentando que devido aos problemas que enfrentam, “acabam por não estar atentos à qualidade do ar interior nem aos problemas de saúde e de performance com isso relacionados”.
Os órgãos responsáveis pela gestão das escolas “mostram pouca ou nenhuma preocupação com ventilação eficiente das salas de aula, com o aquecimento, os problemas estruturais, a falta de limpeza efetiva de pó de móveis e do chão”. A utilização de produtos de limpeza com compostos orgânicos voláteis pode ser outro do problema.
No estudo se observa que uma sala de aula de 36 m2, com 26 ocupantes ao longo de um dia inteiro acumula determinados poluentes que podem agravar quadros de rinite alérgica, sibilância e outros sintomas respiratórios e mesmo afetar a capacidade de concentração de alunos e professores. “Na maioria dos casos, verificamos que os professores desconheciam a importância de ventilar a sala”, afirma a pesquisadora.

Para uma melhoria efetiva do ambiente interior nas escolas, uma das possíveis soluções seria a instalação de sistemas de ventilação com filtros para garantir a entrada de ar novo e limpo. Nas salas de aula, além da ventilação seria necessário controlar a umidade.

E aqui no Rio Grande do Sul como será a condição do ar nas escolas?

Talvez aqui isso também seja possível, é interessante que os professores e funcionários seguissem um manual de práticas para auxiliar a manutenção de uma boa qualidade do ar como é recomendado pela Agência de Proteção do Ambiente dos Estados Unidos (U.S.EPA).Em Lisboa existe um projeto para coordenadores de escolas que oferece orientações sobre prevenção e resolução de problemas do ar interior e saúde humana com um custo mínimo.
Um bom exemplo!

Fontes: http://www.epa.gov/iaq/schools; http://www.cienciahoje.pt



Nenhum comentário:

Postar um comentário